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Bola da Vez

Sergio Gordilho – sócio e copresidente da Africa. Jurado em Cyber

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Sergio Gordilho - baixo rosto

O VoxNews inicia nesta semana uma série de entrevistas com os jurados brasileiros em Cannes. A estreia acontece com Sergio Gordilho, sócio e copresidente da Africa e o representante brasileiro na categoria Cyber.

VoxNews – Você já esteve nos mais importantes júris de publicidade do mundo, mas será a primeira vez em Cannes. Qual a sua expectativa?

Sergio Gordilho – Realmente já tive a oportunidade de ser júri e até presidente de júri de alguns dos mais importantes festivais nacionais e internacionais. Em cada um desses festivais aprendi muito, troquei experiências, repensei conceitos e ampliei minha visão publicitária.
Apesar de cada um desses festivais ser completamente diferente do outro, existe apenas um ponto em comum a todos: o respeito e relevância que Cannes imprime.

Por isso, ser jurado em Cannes pela primeira vez, além de um sonho realizado, é a certeza que vou aprender

VoxNews – O que você espera encontrar em Cyber?

Sergio Gordilho – Se eu pudesse criar uma metáfora para representar a categoria de Cyber, diria que é o playground onde tecnologia e criatividade brincam. Juntas.
Uma categoria em que tudo é quase possível por isso mesmo não tenho a menor expectativa do que vou encontrar mas a certeza que irei me surpreender.

VoxNews – O Brasil tradicionalmente apresenta bons resultados nessa categoria. Já existe algum trabalho que você destacaria com chances no festival?

Sergio Gordilho – O Brasil é um dos mais importantes competidores em Cannes. Em qualquer categoria vamos sempre muito bem e melhorando nossos resultados a cada ano. Em Cyber não seria diferente. Mas ainda é cedo para se ter algum palpite. Primeiro porque ainda não vi muita coisa do que vai ser inscrito pelo nosso país. Em segundo porque também não vi tudo o que foi e ainda está sendo inscrito pelos outros países.
Então Não adianta prever sem combinar com os “russos”.

VoxNews – Na sua opinião, qual o peso em relação à ideia e a execução (tecnologia) na hora de julgar?

Sergio Gordilho – Eu acredito em ideias. Ideias transformadoras, fresh, baseadas numa observação, simples ou as complexas. Tanto faz. Quando estou julgando são elas que procuro em primeiro lugar.

Nunca a execução. Execução vem em segundo. Sempre. Pois existem ideias sem grandes execuções que merecem ser sublinhadas, mas nunca uma grande execução sem uma ideia que mereça minha atenção.

Simplificando ao máximo, eu diria que num julgamento primeiro a ideia separa o criativo do não criativo. Depois a execução determina a cor da medalha (ouro, prata ou bronze).

VoxNews – Em 2014, foram concedidos 3 GPs em Cyber – “24 Hours of Happy”, para o lançamento da música “Happy” de Pharrel Williams; “The Scarecrew” para Chipote e “Epic Split” para Volvo. Quais as principais características destes trabalhos premiados?

Sergio Gordilho – Grande ideias, execução primorosa, relevância com as marcas, aderência com os seus consumidores e aquela inveja desenfreada por não estar em nenhuma dessas fichas técnicas.

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