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Bola da Vez

Dudu Lopes – sócio da Silence

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Carioca de nascimento, coração e vocação, produtor com 15 anos de mercado, sócio fundador da produtora de som carioca Silence e idealizador do Amplificação – Prêmio Carioca de Criatividade Social em Rádio. No currículo acumula passagens pela Som Livre, TV Globo e Rede Record. Na parede, nos últimos três anos, assinou a produção de 34 peças premiadas no Prêmio Colunistas, 12 Lâmpadas no Festival da ABP, quatro shortlists, três prêmios no Wave Festival e um shortlist em Cannes.

VoxNews – Fale um pouco sobre a história da Silence, em pouco tempo a produtora já se firmou no mercado do Rio. Quais são os próximos objetivos?

Dudu Lopes – A gente preferia estar mentindo a idade, mas é verdade, são nove anos de estrada. Desde 2003, a Silence opera no mercado do carioca e no Brasil. Entretanto, começamos trabalhando com cinema, TV e com o mercado fonográfico, nesse momento tínhamos pouca ênfase em publicidade. Isso mudou em 2008, quando assumi as cadeiras dos meus ex-sócios e reposicionei a empresa. Desde então, paramos de pós produzir cinema e TV, encerramos as produções de artistas, discos e dvd’s. A partir desse momento focamos 100% em publicidade e começamos nossa escalada no mercado. Em pouco tempo conquistamos um espaço inacreditável, faturamos dezenas de prêmios nacionais e internacionais e tivemos nosso trabalho extremamente reconhecido por todos. Depois de tudo isso, posso dizer que temos poucos objetivos: continuar crescendo cada vez mais e fazendo muito barulho como já é de costume.

VoxNews – Há pouco tempo a Silence assinou uma campanha criada pela Arcos (PE) para os 55 anos de Furnas. Há uma prospecção forte fora do Rio?

Dudu Lopes – Outro dia estava vendo o Sérgio Valente falar num seminário sobre a inexistência de fronteiras das agências do grupo dele, sem sombra de dúvidas eu concordo. A Silence não é do Rio porque está no Rio, é do Brasil e do mundo, assim como todas as empresas do nosso trade. É clichê, mas é verdade, a internet possibilita isso. Hoje eu consigo fazer cinco reuniões de briefing no mesmo dia com agências dos quatro cantos do Brasil sem sair da minha sala. Essa otimização de tempo é crucial para qualquer business, assim como a capacidade de ter frentes paralelas de trabalho e também a quase onipresença que o ambiente online permite.

Furnas foi um job nacional, mas entrou localmente pela Arcos, que apesar de ser de Pernambuco também tem uma operação no Rio. Além de Furnas nos últimos meses assinamos também Nestlé para a Momentum de São Paulo, Brookfield para Staff, Calçada pra Percepttiva, Recreio Veículos para 11:21, Iguatemi para Script, Petrobras para Quê e por aí vai. Foi um bom começo de ano.

VoxNews – A Silence também já emplacou um shortlist em Cannes. Agora vem um Leão?

Dudu Lopes – Pois é, ano passado marcamos um shortlist e fiquei muito feliz, o mais incrível é que foi em rádio, na minha opinião a categoria mais difícil de qualquer festival. Eu adoro filme, mas rádio realmente é onde a produtora de som pode mostrar o seu trabalho, direção e criatividade sem o auxílio da imagem, é fascinante. Este ano temos boas peças inscritas, um Leão não seria má ideia. Mas o Cannes Lions tem algumas curiosidades, na verdade todos os prêmios tem, acho que chegou o momento de pensarmos em uma subcategoria pra rádio. Por exemplo, nem todas as peças que acontecem na rádio são jingles ou spots. Muitas vezes fazemos promo em rádio, isso sai da dimensão do que convencionalmente é feito e envolve ativamente o ouvinte. Genial, mas acredito que deveria ser julgado separadamente.

Não é porque usa o veículo rádio que é puramente rádio, esse tipo de peça é mais, na maioria das vezes sobrepõe facilmente um spot só pelo fato usar o artifício da interatividade. Apesar de ser incrível, não acho justo promo usando o meio rádio brigar de igual pra igual com um spot criativo, sempre que estou em algum júri levanto essa questão. Talvez seja um bom momento pra pensarmos em reconhecer o novo jeito de usar o meio rádio e separar as peças em categorias distintas.

VoxNews – O Amplificação já entrou no calendário. Ele vai se tornar nacional?

Dudu Lopes – O crescimento entre o primeiro e o terceiro ano é notável, o mercado realmente abraçou o projeto e o fez ter vida própria. Tenho conversado bastante com as pessoas e venho colhendo sugestões, críticas e ideias, estou fazendo um mix disso tudo e vou colocar bastante coisa em prática já no ano que vem. Isso é uma das coisas mais legais do Amplificação, o prêmio não tem um formato engessado, é dinâmico. Se o Amplificação vai se tornar nacional, ainda é uma previsão um pouco arriscada, mas com certeza no momento em que o prêmio está, isso já foi pensado.

VoxNews – Já há um planejamento para o Amplificação 2013?

Sem dúvida, o planejamento do Amplificação 2013 começou no dia seguinte da festa e muita coisa já está acontecendo. Algumas novidades já vão rolar agora no segundo semestre de 2012, a ONG, por exemplo, não vai mais ser escolhida pela organização do prêmio, vamos pré selecionar algumas ONG’s e o mercado vai votar e escolher qual ONG será alvo das campanhas de 2013.

Estou muito feliz com a primeira parceria fechada para o Amplificação do ano que vem, vamos contar a Euro RSCG assinando a campanha institucional do prêmio, com direção de criação do nosso amigo Alex Nunes. Outras duas novidades serão fechadas ao longo do ano e vamos divulgar na sequência. Mas uma coisa é certa, assim como 2010, 2011 e 2012, 2013 será ainda maior.

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