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Bola da Vez

Ian SBF, diretor da Yes Filmes

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A Yes Filmes anunciou no mês passado a contratação de Ian SBF para o seu casting de diretores. Ian é um dos criadores – ao lado de Fábio Porchat, Antônio Tabet e Gregório Duvivier – do canal Porta dos Fundos, lançado há apenas dois meses e com mais de 10 milhões de views e 100 mil inscritos.

Com apenas 31 anos, Ian já tem uma grande experiência na direção de atores e em vídeos de humor, tanto para TV quanto para Internet. É responsável, de acordo com revista Exame, do viral empresarial que mais sacudiu a internet no Brasil: o vídeo do Spoleto.

Voxnews – Para começar, o que quer dizer o SBF após o seu nome?
Ian SBF – Eu comecei desenhando HQs e é bem comum os desenhistas abreviarem seus nomes quando assinam algum trabalho. Eu acabei abreviando meu sobrenome para SBF e mesmo depois continuei usando assim.

Voxnews – Você tem apenas 31 anos, mas com grande experiência em TV e também na Internet. Como tudo começou?
Ian SBF – É engraçado ouvir algo como “grande experiência” porque até os meus 29 anos eu não tinha feito absolutamente nada. Na verdade fiz um curta e algumas outras milhares de tentativas que foram todas engavetadas. Talvez, justamente por isso, acordei um dia às 6h da manhã decidido a mudar de vida. Criei o site de vídeos “Anões em chamas” e em alguns meses já comecei a ter propostas de outros lugares e comecei minha vida como diretor. E realmente hoje, posso dizer que já fiz muita coisa. Acho que é pra compensar o tempo perdido!

Voxnews – Como surgiu o “Porta dos Fundos”?
Ian SBF – Depois que eu criei o “Anões em chamas” conheci muitas pessoas, entre elas o Kibe Loco, Gregório Duvivier, João Vicente… (Fábio Porchat já era meu grande amigo há mais de 10 anos). Percebemos que o sucesso do “Anões em Chamas” era pequeno comparado ao que poderíamos fazer juntos (realmente…).

Voxnews –  Você também participa da criação dos quadros?
Ian SBF – Também sou um dos roteiristas, mas cada vez mais tenho ficado apenas com a direção. Mas quero voltar a escrever mais, principalmente agora, que vamos ampliar a nossa equipe e vou ter mais tempo pra isso.

Voxnews –  A Exame listou os cinco virais empresariais que mais sacudiram a internet no Brasil. O vídeo do Spoleto está em primeiro lugar. Como você viu essa repercussão?
Ian SBF – Com certeza foi algo muito acima das nossas expectativas. E eu achei a coisa mais genial do mundo! É impressionante como as empresas Brasileiras ainda não tinham entendido duas coisas tão óbvias:

1) O consumidor não é idiota e não gosta de ser tratado assim.

2) Internet não é mais uma “novidade” ou uma “possibilidade”.

Apesar de a TV ainda ser o mercado principal, a internet não só dita os rumos de várias campanhas, como já faz parte da rotina das pessoas.

Voxnews –  O Spoleto“comprou a ideia” do vídeo e pediu uma continuação. Seria um amadurecimento do mercado?
Ian SBF – Eu acho que foi um amadurecimento (prévio) do Spoleto. Não foi uma tendência do mercado, mas de apenas uma empresa: o Spoleto. Mas, com certeza, o Spoleto abriu as portas pra esse amadurecimento.

No entanto, eu ainda vejo muitas empresas querendo reproduzir o caso Spoleto quando, na verdade, a brincadeira é outra. O Spoleto fez a diferença porque fez algo que ninguém acreditava ser uma boa jogada e inovou. E é isso que eu acho que será o amadurecimento do mercado, quando as empresas procurarem o diferente e o novo, sem medo de errar.

Voxnews –  E como foi a aproximação com a Yes Filmes?
Ian SBF – Fiquei muito feliz quando o Leo Servolo me procurou com a ideia de justamente tentarmos levar pra publicidade da TV um pouco do que eu estava fazendo na internet. Ele me apresentou ao Caio Abreia e conversamos bastante sobre o mercado, sobre o que eles estavam fazendo, sobre o que eu estava fazendo. Foi ótimo ver que não é só na internet e no Spoleto que existem pessoas com a cabeça bem aberta! (Risos)

 Voxnews – Qual a sua expectativa em trabalhar para o mercado publicitário, que tem a sua regulamentação?
Ian SBF – A vida tem regulamentação. Eu não acho que isso seja um entrave, principalmente, porque o que eu tenho feito na internet não tem dado certo porque nós somos malditos ou ultrapassamos os limites. Se nós fizéssemos um produto de péssima qualidade ele não teria relevância alguma. Eu acredito em produtos bons. Não acredito em “virais”, ideias apelativas… nada. Só existe uma regra básica pra mim: se for bom, as pessoas vão gostar!

 

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