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Bola da Vez

Dia da Mulher: Mariana Borga, diretora de cena da Pródigo

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Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, lembrado em 8 de março, o VoxNews conversou com executivas do mercado da comunicação sobre os conciliar a vida profissional e também as diversas funções do lado pessoal. Esse tema foi dominante em 2022, quando a Aberje divulgou o estudo “A mulher na Comunicação – Sua Força e seus desafios”. A pesquisa mostrou que para a maioria das 500 participantes (67%), o desafio mais importante enfrentado pela mulher no ambiente de trabalho ainda é o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.

 

Confira o depoimento de Mariana Borga, diretora de cena da Pródigo.

 

“Embora a problemática seja a mesma para muitas na indústria, sinto que as soluções são diferentes a depender dos lugares de atuação dessa mulher – com a possibilidade, inclusive, de aprendizados entre eles.

Agências e produtoras, em geral, têm vínculos empregatícios diferentes com seus funcionários, sendo que o regime de autônomos e frilas é mais comum em produtoras. Nesse sentido, sinto que uma das ferramentas que poderiam ajudar as mulheres a conciliar melhor a vida profissional e a pessoal com menos peso seria algum tipo de estabilidade, principalmente em momentos-chaves da vida, como a maternidade. Como garantir uma licença-maternidade digna e remunerada sem que haja a necessidade de a mulher complementar seu salário com projetos que ela está impossibilitada de fazer?

Por outro lado, sinto que as agências poderiam aprender mais com as produtoras no sentido de flexibilizar as jornadas – outro elemento fundamental para equilibrar vida pessoal e profissional. O home office já trouxe essa ideia para dentro de muitas agências, mas tornar a flexibilidade uma prática incentivada e praticada sem culpa, como acontece nas produtoras, é algo que as agências precisam aprender.

Por último, mas tão importante quanto, é lembrar que grande parte do desequilíbrio entre vida profissional e pessoal sentido pelas profissionais da comunicação vem do fato de a grande maioria dos homens, companheiros dessas mulheres, não assumirem a parte que lhes cabe na vida doméstica. Trazer os homens para a discussão, pensar em soluções que os incluam, como licença-paternidade, ou garantir igualdade salarial certamente melhorariam o abismo sentido pelas mulheres.”

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