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Bola da Vez

Ricardo Dolla – redator sênior na Red Fuse Paris

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Ele sempre quis ser publicitário ou jogador do Vasco. A primeira opção prevaleceu e, no mês passado, Ricardo Dolla foi anunciado como redator sênior na Red Fuse Comunnications, em Paris. O criativo, que vinha atuando como diretor de Criação na BETC/Havas, vai trabalhar para Colgate-Palmolive e se reportará ao também brasileiro Manir Fadel.

Nascido em Curitiba, Dolla iniciou carreira no Rio de Janeiro trabalhando em agências como NBS e Artplan, Em São Paulo desde 2009, teve passagens pela Africa, Talent, Lew,Lara\TBWA e Y&R. A vontade de trabalhar fora do país surgiu após a passagem pela Y&R e emplacando trabalhos para outras agências da rede no mundo.

Durante a carreira, aprendeu que o maior ativo da profissão não são os tão desejados prêmios, mas sim, as pessoas. “Tive oportunidade de trabalhar com pessoas que aprendi muito, cada uma de um canto do Brasil, ou até de fora do Brasil. Fui me enriquecendo de cada um”, conta.

 

VoxNews – Como definir o criativo Ricardo Dolla? Sempre quis ser publicitário?

Ricardo Dolla – Difícil definir um criativo, ainda mais hoje em dia que é difícil definir qualquer coisa, mas uma coisa que eu tento é deixar tudo mais leve, e acho que isso vale pra comunicação também. Sim, publicitário ou jogador do Vasco. Via os comerciais de TV e me fascinava que se contava uma história em tão pouco tempo. Com a prepotência infantil pensei: vou fazer isso!

 

VoxNews – Quando surgiu a vontade de trabalhar fora do Brasil? Já era um objetivo profissional?

Ricardo Dolla – Não é uma vontade recente. Mas, confesso que nunca tinha me visto trabalhando no exterior. Os trabalhos que emplaquei durante a carreira falam muito com o Brasil, com o jeito brasileiro, e são intraduzíveis. Então, naturalmente fui me distanciando da ideia de trabalhar fora. Mas depois da minha passagem pela Y&R Brasil, onde fiz concorrência e trabalhos para outras Y&Rs do mundo, a “mosquinha do estrangeiro” me picou. Foi aí que comecei a fazer contatos com os amigos que moram fora pra tentar entender o que era preciso para trabalhar no exterior.

 

VoxNews – Qual será o seu principal desafio na Red Fuse?

Ricardo Dolla – Acho que o maior desafio vai ser lidar com uma conta global. Pensar numa comunicação que fale com tailandeses e bolivianos com a mesma eficiência, sem tornar a coisa insipida e irrelevante. Isso sem contar com o desafio de lidar com três idiomas no dia a dia, haja Google Translate.

 

VoxNews – Fundamental para um redator, como se preparou para a barreira da língua?

Ricardo Dolla – Eu me preparei principalmente para o inglês, que é o idioma oficial da agência. Tentei absorver tudo que pude aqui no Brasil mesmo. Mas sei que falta.

 

VoxNews – Ter o Manir Fadel (ECD da operação e de toda produção criativa das agências WPP para Colgate-Palmolive na Europa, Eurásia, Oriente Médio e África) como chefe direto facilitará a adaptação?

 

Ricardo Dolla – Ahhhh vai! Muito mesmo! Além de ser um redator que admiro pra dedéu (sim, eu queria usar outra palavra do vernáculo) foi um chefe com quem tive muita afinidade e aprendi pra dedéu quando trabalhamos juntos na Lew’Lara/TBWA. Confio muito nele e espero que ele confie em mim também.

 

VoxNews – Você trabalhou em diversas agências do eixo Rio-São Paulo. O que pôde aprender de melhor nesse período?

Ricardo Dolla – Muita coisa. Coisas que se misturam entre pessoal e profissional. Mas acho que o mais incrível nessa indústria, continuam sendo as pessoas. Em São Paulo, tive oportunidade de trabalhar com pessoas que aprendi muito, cada uma de um canto do Brasil, ou até de fora do Brasil. Fui me enriquecendo de cada um, e incorporando algumas coisas deles, uma troca que é muito legal. Me tornar amigo de colegas que eu tinha como ídolos também foi algo muito legal desse período: Nego Lee, Beto Rogoski, Mega, David Romaneto, Gustavo Guzeira, Érico Braga, Rui Branquinho, Felipe Pavani, Leandro Câmara, Doda, Victor Santana, Humberto Fernandes, Carlinhos Schleder, Juliana Patera, Ilka, Ana Luísa, Manu Mazzaro, Pedro Guerra, Kleyton Mourão, Borjão… são tantos que vou cometer algumas injustiças aqui, mas pago minha sentença com chopp.

 

VoxNews – Qual é a sua principal característica profissional e que poderá executar na nova agência?

Ricardo Dolla – Eu acho que esse jeito inconformado do brasileiro. Eu vejo o Bernardo Romero (Ex-Casa dos Artistas 3) em NY na Area 23 transformar uma agência, e penso que além de muito suor e trabalho, ele também emprestou um pouquinho dele para agência e esse “pouquinho” (que é gigantesco) faz a coisa acontecer. Espero que meu “pouquinho” ajude a Red Fuse.

 

VoxNews – O que ainda encanta você na publicidade?

Ricardo Dolla – As boas histórias. As que me fazem fazer “oin” e as que me fazem dar risada.

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