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Bola da Vez

Laura Esteves – diretora-executiva de Criação da DPZ&T

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O que poderá mudar na publicidade pós-pandemia?

Por mais contraditório que possa parecer, o confinamento das quatro paredes vem me ajudando a desconstruir duas antigas barreiras que eu tinha sobre nossa profissão.

Uma delas é que nós, criativos, sempre acreditamos e valorizamos a proximidade física. Redator senta ao lado do diretor de arte que senta ao lado de outro criativo formando assim uma esteira contínua de inspiração, energia e produtividade. Em um dado momento, quando essa engrenagem física foi interrompida bruscamente, questionamos como seria o futuro imediato. Mas foi nesse momento que algo improvável aconteceu. Nosso espírito de equipe sobreviveu à distância e o senso coletivo superou a solidão individual. Descobrimos que podemos ser ainda mais criativos, unidos e ter ataques de risos mesmo pelo Teams. Sentimos saudades de encontrar e conviver ao vivo? Muito! Mas pode ser repensada daqui para frente a forma como lidamos com a presença, o “fetiche físico”, termo que aprendi na semana passada e achei curioso.

Outra questão: “Mães-que-trabalham-fora” também devem voltar com reflexões “pós-meses-trabalhando-dentro”. Até aqui, a narrativa da maternidade sempre foi rival da narrativa da profissão. Ou estava em casa ou no escritório. Mas no momento em que tudo se uniu em um único espaço e vimos que esses dois vetores – maternidade e profissão – podem não ser rivais, a paz se instaurou. Deu para ser duas ao mesmo tempo. E, talvez, dê para ser também daqui para frente. Se não duas, pelo menos, melhor.

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