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Iniciativa da DM9 para Cannes gera polêmica

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Um vídeo publicitário acabou virando polêmica no Corinthians. A ação foi feita pela DM9DDB, da qual o ex-diretor de Marketing do alvinegro, Marcelo Passos, é vice-presidente.

O time do Parque São Jorge ganhou R$ 100 mil por ter permitido a gravação. A campanha, criada para concorrer a prêmios no Festival de Cannes, era a seguinte: fazer a torcida gritar o nome de marcas durante um jogo em Itaquera.

Se o barulho chegasse a uma marca específica de decibéis, o clube seria remunerado.

A ação não aconteceu de fato, mas o vídeo foi publicado pela agência, que depois o retirou do ar após críticas de torcedores nas redes sociais.

A agência comprou ingressos para cerca de 300 figurantes atuarem no comercial, durante a partida contra o Novorizontino, no Campeonato Paulista. O restante da torcida, que poderia ter se empolgado com os atores, não embarcou e os gritos acabaram não atingindo a nenhuma marca no audímetro.

Mesmo assim, a agência fez um vídeo, em inglês, e colocou no Youtube, contando toda a história da campanha, como se ela tivesse acontecido e dado certo.

Alguns sites estrangeiros chegaram até a reproduzir, como se os corintianos tivessem cantado o nome de patrocinadores durante uma partida.

A prática, de criar campanhas que não tenham acontecido de fato, é comum no mercado publicitário, conhecida como “ações fantasma”.

Quase todo ano, alguma desse tipo leva algum prêmio em Cannes, o principal festival do segmento. Há, porém, certos critérios: que ela tenha sido veiculada um número de vezes específico, tanto na TV quanto na internet, por exemplo. É recorrente também a cassação de ações, quando se descobre que elas não “existiram” de fato.

A versão de pessoas que participaram da elaboração da campanha é de que ela foi criada como uma forma de gerar mais recursos para o Corinthians. Se desse certo, segundo essa versão, o clube poderia levar cerca de R$ 3,5 milhões ao ano, considerando que Itaquera recebe 35 jogos em média anualmente.

Do lado do clube, porém, há contestação dessa versão: dizem que o objetivo sempre foi a busca por prêmios em Cannes e que embora tenha sido autorizada a gravação, o vídeo gerado ao final não foi em nenhum momento aprovado e que não deveria ter sido divulgado.

Matéria da Folha de S. Paulo.

Atualização: Procurada pelo VoxNews, a DM9DDB optou por não falar sobre o assunto.

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