Sea Shepherd Brasil: 25 anos incomodando

Ao longo dos últimos 25 anos, a Sea Shepherd Brasil tem gerado impacto na sociedade através de suas ações combativas e mensagens provocadoras em defesa à vida marinha. Como forma de eternizar suas conquistas, e ao mesmo tempo, gerar reflexão sobre as mudanças que ainda são necessárias, a entidade não governamental apresenta sua campanha de aniversário que celebra seu DNA “provocador”.

A ação que inspira a sociedade a ser mais consciente e ativa na defesa da vida marinha se torna ainda mais relevante depois da recente prisão de Paul Watson (73), fundador da Sea Shepherd, na Groelândia.  Caso seja extraditado para o Japão, o ativista pode ser condenado a até 15 anos de prisão por ter interferido na ação de um navio que fazia uma caça de baleias na Antártica.  Um movimento nas redes sociais também tem sido promovido desde então, com o engajamento de influenciadores e personalidades públicas como Xuxa Meneghel. A ideia é convidar o público a assinar a petição para que o governo brasileiro se posicione junto à embaixada da Dinamarca sobre a liberdade de Paul Watson.

Idealizada em parceria com a agência Wieden+Kennedy SP, a comunicação dá protagonismo a notícias reais sobre a atuação da ONG. As manchetes são estampadas em quatro modelos de camisetas especiais que servem como ícone de posicionamento e luta para quem, literalmente, veste essa camisa. A edição para colecionador reconta marcos importantes da história, como o combate ao massacre de golfinhos e esquema de pesca ilegal no Amapá (2007), e a colaboração com órgãos de fiscalização na maior apreensão de barbatanas de tubarão da história, realizada em 2023.

“Se a camisa da Sea Shepherd é um ícone de posicionamento pra quem a usa, queremos que ela sirva pra contar a história e inspirar mais pessoas a seguirem incomodando”, afirma Humberto Cunha, diretor de criação da W+K SP.

Um filme manifesto que traz reflexão sobre a luta e defesa dos oceanos também reforça o posicionamento da Sea Shepherd Brasil nas redes sociais.  Na peça que traz como trilha o áudio original da manifestação em São Paulo, a entidade adota o tom provocador que já é sua marca histórica. “Se não estamos incomodando alguém, não estamos fazendo nosso trabalho direito”.