Guilherme Pierri – CEO da Peppery

O que poderá mudar na publicidade pós-pandemia?

Convido a todos para pensarmos nas mudanças no mundo, naquelas transformações que já podemos considerar como o “novo normal” à nossa volta, mesmo antes do COVID-19  tirar o pé do acelerador.

O fato é que nossas vidas já estão diferentes. Não apenas na mudança de nossos hábitos nesses dias de confinamento, em que não podemos mais ir a restaurantes e bares ou até nos sentirmos culpados por visitarmos algumas vezes o mercado. Mas a verdade é que já temos um novo cotidiano estabelecido.

Tudo começa pela previsão da Organização Mundial de Saúde que nos traz o panorama de que os efeitos da pandemia devem durar aproximadamente dois anos, pois calcula-se que sejam necessários pelo menos 18 meses para desenvolvimento de uma vacina eficaz contra o vírus.

Diante deste prisma, além das atividades de lazer, cultura, alimentação fora do lar e entretenimento, como fica o nosso mercado da propaganda? O que mudará ainda mais depois de tudo isso?

Para muitas agências, a grande mudança está acontecendo da porta pra dentro. O polêmico homeoffice, que já era realidade para freelas e profissionais liberais, passam a fazer parte de um universo em que a ausência era praticamente intolerável.

Juntamente a isso, acompanha a aceleração na transformação de métodos de trabalho, organização empresarial/ pessoal, o absoluto respeito pela pontualidade e produtividade, passam a ser os grandes fatores de eficiência neste contexto. A famosa transformação digital será quase que obrigatória para a sobrevivência de muitos.

Além disso, do ponto de vista das marcas, acredito que um novo patamar está estabelecido na prestação de serviços à sociedade. Para o consumidor, elas também já servem como fontes de informações e de tomada de decisões. Já podemos observar uma grande movimentação no posicionamento e esclarecimento das empresas e uma readequação dos pilares de comunicação de muitos anunciantes.