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Bola da Vez

Dia da Mulher: Stephanie Saramago, sócia da Rastro

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Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, lembrado em 8 de março, o VoxNews conversou com executivas do mercado da comunicação sobre os conciliar a vida profissional e também as diversas funções do lado pessoal. Esse tema foi dominante em 2022, quando a Aberje divulgou o estudo “A mulher na Comunicação – Sua Força e seus desafios”. A pesquisa mostrou que para a maioria das 500 participantes (67%), o desafio mais importante enfrentado pela mulher no ambiente de trabalho ainda é o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.

 

Confira o depoimento de Stephanie Saramago, sócia da Rastro.

 

“Em 1832, a filósofa brasileira Nísia Floresta publicava uma de suas principais obras, ´Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens´, onde discutia temas como o acesso à educação, o direito ao trabalho e à propriedade, a igualdade de salários entre homens e mulheres, o casamento e a maternidade.

 

Apenas 100 anos depois da publicação as mulheres adquiriam direito ao voto no Brasil e hoje, quase 200 anos depois, ainda seguimos lutando por maior equidade de gênero dentro do nosso trabalho, na nossa casa e sociedade. Avançamos e hoje acredito que um ambiente de trabalho com mulheres em cargos de liderança é o mínimo necessário. Talvez seja essa a mudança mais significativa que ajude a criar um ambiente de trabalho com uma cultura mais representativa.

 

Ter lideranças femininas impacta diretamente uma série de camadas: da maior sensibilidade interpessoal com outras pessoas do time à maior diversidade de pensamento, seja no processo diário de tomada de decisão à construção de conteúdo e produto final ali pensados. As agências podem estabelecer metas de equidade por áreas e lideranças a fim de diluir esse desequilíbrio.

 

Em paralelo é necessário que o conteúdo que geramos enquanto agências de publicidade também esteja comprometido com a equidade de gênero. Quando olhamos para a comunicação é essencial ter um olhar que encerre a reprodução de estereótipos e padrões de comportamento, por exemplo, de que a mulher tem mais responsabilidade familiar do que os homens, de que mulheres não podem ocupar cargos de liderança, ou na produção de conteúdos que reforcem a objetificação da mulher ou comportamentos heteronormativos.”

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