Almap destaca “Fato Distorcido” para Veja
Compartilhar
O filme “Fato Distorcido” é resultado de uma experiência verdadeira realizada pela AlmapBBDO para a marca VEJA, da Editora Abril. O experimento envolveu seis artistas de diferentes técnicas e partiu da foto feita pelo fotojornalista Kevin Carter, no Sudão, na África, em 1993, e que com ela venceu o Prêmio Pulitzer. Nela, uma criança em grave estado de subnutrição está na mira de um abutre. Exposta em um galpão, a imagem foi observada pelo pintor Rien, que a reproduziu, criando uma obra de arte em que há uma leve semelhança com a foto de Carter.
A foto foi então coberta e os artistas convidados passaram a ver apenas o trabalho realizado pelo anterior. O ilustrador Eduardo Nunes foi convidado a observar a pintura de Rien e, a partir dela, criar uma obra. A arte de Nunes, apesar de abordar o mesmo tema, já é bem diferente da pintura de Rien. Depois dele, foi a vez do escultor Cícero D’Ávila interpretar o que via na ilustração. A bela escultura resultante já nada lembra a foto que deu origem ao ensaio.
É então a vez do grafiteiro Giuliano Alemão dar a sua versão, desta vez da escultura de D’Ávila. No amplo painel criado, o grafite multicolorido está ainda mais distante da triste imagem inicial. O próximo é o xilogravurista Samuel Ornellas que, diante do trabalho de Alemão, entalha na madeira uma delicada imagem que, ao ser passada para o papel, revela uma gravura que nem de longe poderia sugerir a foto vencedora do Pulitzer.
O fotógrafo Guto Nóbrega é o último artista a participar do experimento. Ele busca na xilogravura a inspiração para a imagem que, como um ciclo, faria o ensaio voltar à técnica que o originou. Ele percorre vários lugares da cidade de São Paulo fotografando e escolhe uma imagem na qual uma criança é o personagem principal, mas nela não há a tragédia e a tristeza exibidas na imagem de Carter.
Uma a uma, a interpretação de cada artista sobre o que via no trabalho do profissional anterior foi se afastando da realidade exibida na foto original. Como na arte, quanto mais intermediários entre o fato e a notícia, mais distorcida é a informação. O filme encerra com o lettering “Vá direto à fonte” e a assinatura “VEJA. Para não ficar indiferente”.
Ficha Técnica:
Anunciante: Editora Abril
Título: Fato Distorcido
Produto: VEJA
Diretor Geral de Criação: Luiz Sanches
Diretor Executivo Criação: Bruno Prosperi, Renato Simões
Criação: Cesar Herszkowicz, Luciano Lincoln
Produtora: BossaNovaFilms
Produtor Executivo: Eduardo Tibiriça
Atendimento Produtora: Kiska Kaysel e Renata Prado
Direção: Vitor Amati
Fotografia: Walter Carvalho
Montador / Editor: Oswaldo Santana
Finalização: BossaNovaFilms
Finalizadora: Rosana Felix
Produtora de Áudio: Satelite Audio
RTVC: Vera Jacinto, Diego Villas Boas, Adriana Kordon, Fernando Yamanaka
Atendimento: Fernanda Antonelli, Mariana Silveira, Beatriz Almonacid
Planejamento: Cintia Gonçalves
Mídia: Wanderley Jovenazzo, Denise Lavezzo, Kauê Cury, Livia Novaes, Rogério Beraldo
Coordenador de fotografia: Teresa Setti e Stephanie Biekarck
Aprovadores: Rogério Gabriel Comprido, Simone Sousa, Ícaro de Freitas, Rafael Cescon