2025: Paulo Lima, diretor de Criação da NOVA

Qual o papel da criatividade no futuro da publicidade, em um cenário tão orientado por dados?

Acredito que o papel da criatividade em uma publicidade data driven será a de humanizar os dados, tanto de mídia como de estratégia, por meio de insights que adicionem uma camada mais emocional e original à comunicação.

Esse é o diferencial que sentimos na evolução da linguagem das versões de uma IA para a outra, por exemplo. Afinal, os dados podem fazer com que anunciantes de um mesmo segmento passem a se comunicar de forma semelhante e nos mesmos espaços, o que pode acabar reduzindo sua eficiência em vez de potencializar.

O insight criativo vai precisar guiar a busca dos dados por caminhos originais para não chegar aos mesmos territórios de seus concorrentes para ser, de fato, disruptivo.

Sendo assim, o criativo do futuro terá que se abastecer dos dados com um olhar atento e sensível para como o público os percebe. Esse entendimento será vital para que os anunciantes alcancem resultados mais promissores em termos de conversão e retenção do que apenas em alcance e exposição. Ou seja, em tempos de dados o diferencial é o olhar humano.