WhatsApp estreia anúncios e se posiciona como nova frente de mídia na Meta
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A Meta iniciou nesta segunda-feira, 16, a veiculação de anúncios no WhatsApp, abrindo oficialmente o aplicativo de mensagens como novo canal de mídia para marcas. A estreia marca uma mudança relevante na estratégia da plataforma, que até então operava sem qualquer formato publicitário.
O primeiro modelo lançado são os status ads, exibidos na aba “Atualizações” (antigo “Status”), permitindo que empresas se conectem diretamente com os usuários por meio de mensagens no próprio app. A Meta reforça que os anúncios permanecerão restritos a essa área, mantendo a privacidade das conversas entre usuários.
Além disso, o recurso Canais, lançado em 2023, também passa a ser monetizado. Administradores poderão promover seus canais via anúncios de busca nos diretórios do app e cobrar assinaturas mensais. A Meta já indicou que, futuramente, ficará com 10% dessa receita.
Com mais de 3 bilhões de usuários ativos mensais, o WhatsApp se consolida como uma nova frente de monetização para a holding, que busca ampliar sua receita em meio a pressões regulatórias e mudanças no mercado de mídia digital. Até então, o app funcionava principalmente como destino de campanhas veiculadas em Facebook e Instagram, com redirecionamento para interações dentro do chat.
A segmentação dos anúncios será feita com base em dados considerados “básicos”, como país, cidade, idioma, tipo de dispositivo e histórico de interação com anúncios — o que reforça a proposta de equilíbrio entre publicidade e privacidade.
Adquirido pela Meta em 2014 por US$ 19 bilhões, o WhatsApp resistiu à inserção de publicidade por anos, em parte devido à visão de seus fundadores Jan Koum e Brian Acton, que deixaram a companhia após divergências sobre o tema.
A Meta não revela o faturamento do WhatsApp, mas analistas estimam que a receita anual do app esteja entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão, oriunda principalmente de soluções corporativas e serviços pagos para empresas.