A Associação Brasileira de Propaganda – ABP – reuniu mais de 350 profissionais na noite de ontem 19, para a entrega do seu Prêmio Destaque 2019. Através de votos dos sócios da entidade, a WMcCann foi escolhida a Agência do Ano, enquanto Eduardo Simon, da DPZ&T, foi eleito o Executivo/Dirigente de Agência Ano. O evento ainda contou homenagens à Fabio Fernandes, pela sua contribuição ao mercado publicitário; à Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) pelos 60 anos da entidade. O Prêmio Revelação ficou com a agência GUT.
Fabio Fernandes, que não pôde comparecer, enviou a sua mensagem de agradecimento. Leia na íntegra abaixo.
No discurso de abertura, Bruno Dreux, presidente da ABP, citou nomes como Assis Chateaubriant e Roberto Marinho, importantes fundadores da entidade, mas sem deixar de olhar para o futuro: “É um momento de mudança da propaganda em todo o mundo e a ABP tem que se espelhar nessa evolução para representar a importância da publicidade para o país”, ressaltou Dreux, lembrando que o Brasil é referência mundial no mercado, além de movimentar dezenas de bilhões de reais no segmento.
Abaixo, todos os vencedores:
Profissionais:
– Profissional de Marketing
Ariel Grunkraut – Burguer King
– Profissional da Nova Economia
Cristina Junqueira – Nubank
– Profissional de Criação
Rafael Urenha – DPZ&T
– Profissional de Planejamento
Carla Sá – Globo
– Profissional de Atendimento
Tatiana Soter – NBS
– Profissional de Veículo
Ricardo Rodrigues – Infoglobo
– Profissional de Mídia
Viviane Vela – Kolab/WMcCann
– Profissional de Produção
Mariana Hosannah – Propeg
– Jornalista do Trade
Pyr Marcondes – ProXXima
– Profissional Executivo ou Dirigente de Agência
Eduardo Simon – DPZ&T
– Homenagem (sem votação)
Fabio Fernandes
Empresas:
– Anunciante do Ano
Burguer King
– Veículo do Ano
Globo
– Escola do Ano
Miami Ad School
– Produtora do Ano
Saigon
– Creator do Ano
KondZilla
– Instituto de Pesquisa do Ano
Kantar Ibope
– Empresa de Tecnologia do Ano
– Revelação da Indústria (sem votação)
GUT
– Agência do Ano
WMcCann
Agradecimento Fabio Fernandes:
No Rio eu nasci
No Rio eu aprendi
No Rio eu cresci
No Rio eu me construí
Até que eu saí
Do Rio eu tive que ir
Mas nunca deixei de vir
(Pra todos os efeitos eu nunca sumi
Sempre estive por aqui)
Tanto que até agencia eu abri
Vim, vi e venci
Também tropecei, também caí
Sim, no Rio eu já morri
E no Rio eu revivi
O segredo foi sempre investir
Sem bla,bla,bla; sem mimimi
Porque o Rio é isso aí:
Pra cada Crivela e Witzel pra destruir
Tem muito mais gente capaz de se unir
Gente que pode criar mais Uaus!; mais Ohs! do que Ihs…
Sim, yes, oui!
Esse é o Rio onde eu vivi
E que nunca, nunca vai deixar de existir
Mas o que tudo isso tem a ver com o amigo que vos escreve aqui?
É que essa entidade que eu sempre curti
(ABP, de tantos amigos que eu não esqueci)
resolveu me homenagear – pelo menos foi o que eu entendi.
Então eu escrevi
Porque uma coisa é não poder ir;
Outra é parecer que não se está nem aí.
Pior: é alguém acabar por intuir
que eu não me comovi ou que não sei o valor disso aqui
muito mais do que sei o valor de Pi.
Em resumo, desculpe, você que me ouve daí.
Acredite que assim que eu soube eu sorri
Fiquei feliz e me envaideci
(Desculpe o esnobismo, mas é pra poucos isso que eu recebi).
Por isso eu agradeço muito mais do que eu já agradeci
A todos vocês que estão ouvindo esse textinho aí
Mais à ABP e ao Rio, cujo amor e acolhida eu jamais traí
E antes de me despedir, deixo um recado pra todos que ousam me ouvir
E são loucos de me seguir.
Vamos fazer o Rio ressurgir?
Você daí e eu daqui.
Esse Rio que querem falir, esse Rio que insistem em fazer ruir?
O Rio é o Brasil. A expressão de tudo o que foi e do que está por vir.
O retrato mais cru de um país que chora vidas nos jardins onde podia florir
Mas que depende, mais do que jamais dependeu, de nós todos aqui.
Que vamos (por último e melhor) mas vamos sim, vamos rir.
Esse é Rio que eu quero, desculpe insistir.
O Rio da alegria, da criatividade, da cultura, da natureza e do bem-te-vi.
Eu não desisti.
Quero de volta o Rio onde eu cresci.
Com todas as letras.
Então me desculpem se em algum ponto eu me perdi.
Me perdoem por me repetir.
Ou se falei tanto que eu te enchi.
Mas eu acho que sempre é hora pra se colocarem os pingos nos is.”
Fabio Fernandes