José Borghi deixa a Mullen Lowe
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José Borghi anunciou no início da noite de ontem a sua saída da MullenLowe Brasil, onde ocupava o cargo de co-CEO. No comunicado enviado informa que vai tirar um período “erratico”. “Vou tirar um período errático, que é um sabático sem a menor ideia do que fazer.”
Borghi fundou a agência em 2002 ao lado de Erh Ray – a então BorghiErh – quando foi adquirida pela rede Lowe em 2006. Com a saída de Erh Ray, em 2012, o sobrenome foi omitido e a agência passou a atuar como Borghi/Lowe.
Em dezembro de 2015, a agência foi renomeada como Mullen Lowe Brasil, em alinhamento com a rede global do grupo Interpublic. Nessa mesma época, a agência foi envolvida na Operação Lava-Jato e o ex-vice-presidente do escritório brasiliense, Ricardo Hoffmann, chegou a ser preso pela Polícia Federal. A Mullen Lowe perdeu as contas do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal e fechou a sede em Brasília, mantendo os escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro.
Agora, a gestão fica concentrada no também co-CEO André Gomes e a área área de Criação, que estava sob a liderança de Borghi, passa a ser comandada pelos diretores de Criação Eduardo Salles e Gil Pinna, promovidos há quase um ano.
Abaixo, o comunicado:
“Antes que comecem as especulações e teorias sobre minha saída deixa eu dar minha versão:
Sim, estou fazendo como a Anitta, dando uma paradinha. Vou tirar um período errático, que é um sabático sem a menor ideia do que fazer. E também não sei de quanto tempo será esse período; podem ser dias, podem ser anos (viu como não faço ideia mesmo?)
Então vou aproveitar as impermanências da vida e da profissão para passar uma temporada sei lá onde.
Fazer um curso não faço ideia do que.
Começar e parar no meio de uma penca de projetos. Errar feio, errar rude:)
Minha ideia neste momento é não ter nenhuma. Não existe plano B. Ainda.
Assustador e empolgante ao mesmo tempo, não?
A agência continua como sempre esteve nos últimos tempos, com a condução irretocável do André e a direção de criação talentosíssima do Duda e do Gilmar (a propósito, eles já estavam tocando as coisas perfeitamente bem muito antes dessa minha decisão).
Por fim, queria aproveitar a ocasião e fazer algo que sou muito ruim: agradecer.
A todos que permitiram que eu participasse das suas vidas e de centenas de momentos de alegrias, de apreensões, esperanças, decepções, molecagem, euforia, vitórias incríveis e derrotas acachapantes – alguns, diária e intensamente, outros só de passagem – saibam que eu aprendi com todos. Com cada um de vocês. E que sou eternamente grato.
Segue a vida. Seguem as mudanças.
Beijos emocionados. Terei saudades infinitas.
Zé Borghi”